sábado, 19 de maio de 2007

resumo do livro do professor parte 3 *Amanda*

Mesmo antes de colonizarem o Brasil, os portugueses já conheciam o que era a escravidão, já que a península Ibérica foi colonizada pelos romanos, que já adotavam o escravismo dos povos conquistados.

Ao chegar ao Brasil, os portugueses já usavam escravos em suas terras. Na África, as tribos viviam em guerras, assim como os índios no Brasil, os portugueses se aproveitavam da situação e distribuíam armas para algumas tribos, que ficavam mais fortes, os prisioneiros de guerra se tornavam escravos dos portugueses. Como os principais escravos portugueses eram da África, acostumou-se com o pensamento de que o negro é o inferior, é o escravo. Aqui no Brasil, o trabalho forçado era o mesmo que ser burro e inferior, para estes só restava continuar fazendo-o.
Apesar de ser o pensamento da época, nem todos aceitavam o escravismo, para começar, os próprios escravos não aceitavam sua posição.

Muitos índios não praticavam a agricultura, ficando muito descontentes com os portugueses por terem que trabalhar forçados em algo que nunca faziam. Também tinha o fato de que os índios só plantavam para se alimentar, mas a agricultura forçada pelos portugueses era para o comércio com a Europa, assim, o índio não conseguia entender porque plantar se não ia usufruir. Os índios do sexo masculino se sentiam humilhados ao terem que trabalhar na lavoura, já que esse trabalho na sociedade indígena era exclusivo das mulheres. O índio muitas das vezes fugia de volta a sua tribo ou então seus familiares organizavam ataques para libertá-lo. Além de tudo isso, o governo português não arrecadava imposto com os escravos índios. Todos esses fatos faziam com que os portugueses preferissem os escravos africanos aos negros aos índios.

Quando São Mateus surgiu, não existiam rodovias ainda, então o rio Cricaré passou a ser o principal meio de chegada e saída para todos que passavam pela região. Com o aumento da produção de farinha, o Porto de São Mateus passou a ser usado mais para a venda desse produto. Toda essa produção fez com que o lucro dos agricultores aumentasse, assim também, a riqueza da região. Devido, principalmente a essa superprodução o porto de São Mateus tornou-se muito importante na história do Espírito Santo e do Brasil, pois esse porto recebia muitos navios, fazendo com que o comércio ficasse superativo, enriquecendo cada vez mais as famílias da vila. Com a superprodução, houve também o aumento do comércio de escravos no porto.

São Mateus e a capitania de Porto Seguro eram próximos, por serem parceiros comerciais. Com a independência do Brasil, a Bahia, por ter muitos portugueses, não apoiou a decisão e junto com ela São Mateus, indo contra o pensamento do resto do Espírito Santo, que apoiava D. Pedro I.

Com a proibição de tráfico de negros da áfrica, começou a haver a compra e venda de escravos do norte para o sul do Brasil, por já possuírem muitos. Assim o porto do rio Cricaré ganhou em dobro, por estar na rota, vendendo escravos. Nos casarões do porto houve tanta crueldade para com os escravos, o que se reflete no racismo ainda existente em nossa sociedade.

A vida dos escravos era dura. Primeiro, quando capturados eram separados para sempre de suas famílias. Muitos morriam de fome, doenças, sede, entre outros motivos nos porões dos navios negreiros. Aqui, eram humilhados, trabalhavam nas plantações, sofriam com as chicotadas. Alguns entravam em depressão profunda e morriam. Outros eram mais fortes e enfrentavam a situação, fugiam e voltavam para libertar os outros e alguns tentavam fazer justiça, matando seu senhor. Muitas eram, então as soluções que os escravos encontravam para lidar com a sua situação. Mas a solução mais comum foi a formação de quilombos, comunidades que os escravos foragidos formavam. São Mateus foi uma das regiões que mais apareceram essas comunidades.

Naquela época, o trabalho escravo era árduo e humilhante. Esses então encontravam várias formas para se vingar dessa submissão obrigada, normalmente usando de nenhuma piedade, saqueando e matando seus senhores e fugindo para os quilombos. Infelizmente, essa era a realidade dos escravos.